Seja bem vindo!!!
-Entre,
-Tire os sapatos,
-Sente-se e fique à vontade.
-vou pôr uma música.
-Aceita um café?
- Gosta de livros?
- escolha um e vá folheando,
-volto já, com o café.
Alexandre Pedro
e-mail: alexandre.eells@gmail.com

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quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Charles Baudelaire - O Albatroz


Às vezes, por prazer, os homens da equipagem
Pegam um albatroz, imensa ave dos mares,
Que acompanha, indolente parceiro de viagem,
O navio a singrar por glaucos patamares.
Tão logo o estendem sobre as tábuas do convés,
O monarca do azul, canhestro e envergonhado,
Deixa pender, qual par de remos junto aos pés,
As asas em que fulge um branco imaculado.

Antes tão belo, como é feio na desgraça
Esse viajante agora flácido e acanhado!
Um, com o cachimbo, lhe enche o bico de fumaça,
Outro, a coxear, imita o enfermo outrora alado!

O Poeta se compara ao próncipe da altura
Que enfrenta os vendavais e ri da seta no ar;
Exilado no chão, em meio à turba obscura,
As asas de gigante impedem-no de andar.


Poema extraido do livro Les fleurs du mal (As Flores do Mal),1857.
Livro o qual Baudelaire revela como sendo o livro que dá vazão a todo seu pensamento, todo seu coração, toda sua religião (travestida), todo seu ódio.

*Tradução de Ivan Junqueira

domingo, 19 de dezembro de 2010

Rosas - Alphonsus de Guimaraens


Rosas que já vos fostes, desfolhadas
Por mãos também que Já foram, rosas
Suaves e tristes! Rosas que as amadas,
Mortas também, beijaram suspirosas...

Umas rubras e vãs, outras fanadas,
Mas cheias do calor das amorosas...
Sois aroma de almofadas silenciosas,
Onde dormiram tranças destrançadas.

Umas brancas, da cor das pobres freiras,
Outras cheias de viço de frescura,
Rosas primeiras, rosas derradeiras!

Ai! Quem melhor que vós, se a dor perdura,
Para coroar-me, rosas passageiras,
O sonho que se esvai na desventura ?

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Louis Aragon - As Realidades


Era uma vez uma realidade
com as suas ovelhas de lã real
a filha do rei passou por ali
E as ovelhas baliam que linda ela está
a re a re a realidade
Na noite era uma vez
Uma realidade que sofria de insônia
Então chegava a madrinha fada
e realmente levava-a pela mão
a re a re a realidade

No trono havia uma vez
um velho rei que se aborrecia
e pela noite perdia o seu manto
e por rainha puseram-lhe ao lado
a re a re a realidade

CAUDA: dade dade a reali
dade dade a realidade
A real a real
idade idade dá a reali
ali
a re a realidade
era uma vez a REALIDADE.

Tradução de Roberto Schmitt-Prym
Louis Aragon (Paris, 1897 - 1982)

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

PENETRAÇÃO DO POEMA DAS SETE FACES


(A Carlos Drumond de Andrade)

Ele entrou em mim sem cerimônias
Meu amigo seu poema em mim se estabeleceu
Na primeira fala eu já falava como se fosse meu
O poema só existe quando pode ser do outro
Quando cabe na vida do outro
Sem serventia não há poesia não há poeta não há nada
Há apenas frases e desabafos pessoais
Me ouça, Carlos, choro toda vez que minha boca diz
A letra que eu sei que você escreveu com lágrimas
Te amo porque nunca nos vimos
E me impressiono com o estupendo conhecimento
Que temos um do outro
Carlos, me escuta
Você que dizem ter morrido
Me ressuscitou ontem à tarde
A mim a quem chamam viva
Meu coração volta a ser uma remington disposta
Aprendi outra vez com você
A ouvir o barulho das montanhas
A perceber o silêncio dos carros
Ontem decorei um poema seu
Em cinco minutos
Agora dorme, Carlos.

Elisa Lucinda

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Resenha - O Cheiro do Ralo




Para que se chegue ao desejado, faremos uma prévia sobre a vida do autor de “O CHEIRO DO RALO”, Lourenço Mutarelli, e assim entender um pouco sobre o romance, e poder discorrer sobre o livro e filme.
Mutarelli nasceu em São Paulo no mês de abril de 1967, logo após o golpe militar no País. Cursou a Faculdade de Belas Artes, queria ser artista plástico, mas sua vontade mesmo era pintar palavras. Trabalhou três anos com Mauricio de Sousa como cenarista e neste período criou o personagem “cãozinho sem pernas”.
Nesta sua trajetória produziu histórias em quadrinhos, durante toda a década de 80, e ele mesmo fez as distribuições, uma vez que as editoras estranhavam seus temas e não queriam arriscar com os projetos.
Seus primeiros experimentos são OVER-12, e SOLÚVEL (1988-1989), com uma tiragem mínima de 500 exemplares, que hoje estão espalhados nas mãos de fieis leitores.
Em 2002, lançou “O CHEIRO DO RALO” seguido de “ JESUS KID” de 2004, “O TEATRO DAS SOMBRAS” de 2007,“A ARTE DE PRODUZIR EFEITO SEM CAUSA” de 2008, “MIGUEL E OS DEMÔNIOS” de 2008, “O NATIMORTO” de 2009 e “NADA ME FALTARÁ” de 2010.
Nas páginas que seguem, falaremos sobre o livro “O Cheiro do Ralo”, e sobre sua adaptação para o cinema.



O CHEIRO DO RALO: O LIVRO

Caro Lourenço,
Esse aqui é só pra te dizer que curti pra caramba
“O Cheiro do Ralo”.Li com muito gosto, envolvido até o osso.
O livro tem um pique de gibi, mesmo sem ter os desenhos.
É engraçado isso...
Engraçado também a gente ir simpatizando e mesmo
torcendo pelo narrador, mesmo ele sendo meio detestável.
(...) Obrigado por me deixar ler antes mesmo da publicação.
Desculpe a demora em dar retorno,
isso se deve à minha desorganização crônica.
Na verdade li já faz algum tempo,

mas só agora parei pra te dizer o quanto apreciei”.


Um grande abraço do
Arnaldo Antunes


O livro conta o dia-a-dia de um homem de classe média que passa seus dias negociando bugigangas em seu escritório de antiquidades.
O banheiro de seu escritório tem um problema com um ralo hidráulico, e todos que adentram o espaço, o personagem se sente na necessidade de explicar-lhes a causa do mau cheiro, o que nos dá a impressão de que ele tem um pudor, uma certa vaidade, ainda.
Este personagem, anti herói, que propositalmente não tem nome no livro, apenas se parece com o cara do comercial da Bom Bril. Ele está em conflitos consigo mesmo por não saber se há um passo à frente; sem ao menos perceber que não sabe saber. A ausência do nome não está somente no protagonista, mas em todos os personagens, talvez para que encontremos neles, um auto-retrato da nossa sociedade.
O personagem principal tem uma noiva que aguarda ansiosamente pelo casamento, pois, “os convites estão na gráfica”, não se conforma com a atitude do futuro marido que resolvera de repente cancelar o casamento.
O livro é narrado em primeira pessoa, porem o narrador cede sua voz para dar fala a outros personagens. O livro vai discorrendo de cena em cena, e cada personagem; dos mais variados tipos de personalidade, entram na sala do protagonista na intenção de vender suas bugigangas.
Cada um desses personagens adentra o escritório e se depara com um cara frio, sarcástico, irônico e que se satisfaz ao ver o próximo implorando por seu dinheiro e humilhando-se.
O protagonista sem nome vive entre sua casa, o trabalho e uma precária lanchonete, onde fica fascinado por uma Bunda, sim uma Bunda, com letra maiúscula por que não se trata simplesmente de uma bunda, e sim de uma bunda personalidade criada por ele, através da bunda. Para o protagonista não interessa a cara da personagem, só a bunda.
Tal Bunda é da inocente garçonete que vive lendo “Revistas dos Astros” e se desmancha melindrosamente ao ganhar balas de framboesa.
Apaixonado pela Bunda, o personagem começa freqüentar a lanchonete, e tudo que acontece de ruim ele coloca a culpa o ralo. O que ocorre é que a comida servida na lanchonete é péssima, e ele chega a se perguntar, “se eu comer esta porcaria, o ralo vai feder mais”, ainda sim, ele prefere que o ralo feda.
As pausas e mudanças de cenas no livro são dadas por espaços entre um diálogo e outro, como se fossem quadrinhos retirados de gibis. Os diálogos são sempre iniciados pelo protagonista, ele quem dá as cartas, dele é a voz principal, ele controla a narrativa e cada desenlaçar dela. Ele entra, ele sai.
Não é possível analisar o tempo que transcorre a história, de repente uma semana, ou alguns dias, o que se deve pensar é no tempo psicológico, em que o protagonista vive uma busca em criar uma identidade social que fora perdida sem a ciência do mesmo.
E com isso o protagonista sem nome embarca numa paranóia de que o ralo é um portal para o inferno. Se sente vigiado, mas percebe que faz parte desse ralo, desse inferno, e quando resolve fechar o ralo devido ao mau, tudo começa dar errado, e ele se vê na necessidade de reabrir o ralo para poder respirar, como se sua essência estivesse no ralo.
Nessa tentativa de criar uma identidade e de preencher uma ausência, ele resolve, a partir de um dos negociantes que lhe vende um olho de vidro, e um outro que lhe vende uma perna, que irá reconstruir seu pai ausente. Seu pai Frankenstein.
Um pai que perdera antes mesmo de o ter. E constrói em sua mente a imagem de um pai. A figura masculina representa a sociedade machista, as mulheres são apenas objetos. Coisas.
Uma monotonia e solidão se instala na vida do protagonista, que sozinho está, e sozinho é. Vaga vazio entre sua casa, seu trabalho e a lanchonete.
Num descuido, acaba dizendo à Bunda que pagaria para tê-la, o que a ofende, pois a Bunda parece estar apaixonada por ele e diz que se entregaria gratuitamente. Esse fato não agrada o protagonista, pois para ele a Bunda só terá o valor se ele pagar por ela. “Coisificando-a”, como tudo a que ele se apropria.
Ofendida ela foge, e só aparece quando, sem dinheiro e desempregada, aceita a oferta de se mostrar a ele por dinheiro. Então, ele a abraça a moça, a Bunda, e chora. Chora da condição em que está, da condição em que o ser humano vive, da humilhação, de ser tão pouco.
Destampa o ralo e respira. Se vê no escuro do ralo, e se lembra de uma tela de Caravaggio, em que Narciso olha um lago, mas este ralo não tem reflexo, só o breu que é o seu “eu”.
O brilhante autor faz interferências durante todo o livro e nos remete a outros escritores e compositores em um texto todo entrecortado por citações, o que faz do livro O Cheiro do Ralo um livro para ser lido com cuidado e atenção.
A maneira como o escritor nos dá a narrativa nos faz ler de forma rápida e intensa, mas ao mesmo tempo, exige de nós cuidado, para nada escapar à sensibilidade.
Com um texto rico em todos os sentidos, precisamos de um olho mágico ou uma lupa para não deixar passar nenhum detalhe.

Ela entra, ela treme, ela veio trazer a ele sua única verdade, ela atira, ele sangra, se esvai.
Tudo prenuncia um fim. A narrativa se fecha e numa passagem da metalinguagem para o metafísico, o autor lamenta ao leitor por não ter escrito o livro “O cheiro do ralo“.



“Não há luz.
Era tudo mentira.
Desse lado ninguém espera por mim.
Ninguém me guia.
Pois o caminho não dá pra errar.
Caio.
O Caminho é a queda.
A queda me traga como um ralo.
(...)
Eu não quero ir.
Mas o abismo me engole.
Eu queria ficar”.

Lourenço Mutarelli.
O Cheiro do Ralo.





O CHEIRO DO RALO: O FILME


Sob direção de Heitor Dhalia, roteiro de Marçal Aquino, e estrelado por Selton Mello, que ao ler o romance ( num vôo ) se interessou imediatamente por um dos papeis, ligando para Lourenço Mutarelli e lhe sugerindo a realização de um longa.
Diferente do livro, o filme traz o protagonista de “O CHEIRO DO RALO”, com características mais aprofundadas. Agora o anti-herói tem nome, nome este que homenageia o autor, Lourenço Mutarelli, e que também está num dos papeis, o segurança. Mas as diferenças terminam assim que começam.
Narrado em primeira pessoa, com recorte entre as cenas, a história se passa em algum lugar da cidade de São Paulo, e são ordenadas pelo narrador, que permite a entrada de cada personagem em cena.
Ele entra. Ele sai.
A fotografia externa e interna foi feita a partir do uso de uma lente amarelada, em que o diretor opta para dar ar de envelhecido, encardido, desbotado. Assim como num poema a sensação através do formato.
A cidade é revelada vazia, com resíduos de uma sociedade à beira do caos, paredes pichadas, mendigos na calçada. Do lado de dentro, a mesma câmera amarelada mostra em particular a vida do protagonista, Lourenço, comerciante de compra e venda que passa os dias se satisfazendo em explorar e humilhar seus clientes; quanto maior a necessidade, maior a humilhação que Lourenço os submete.
A luta travada entre o protagonista e entre o ralo do seu banheiro, tende a explicitar a sociedade que vivemos, vendendo a preços baixos o que não tem valor, a dignidade. E pagando por bundas, num país de bundas.
A sensação do poder do dinheiro o leva por caminhos estreitos, que vão se afunilando até chegar em si próprio, e questionar-se se tudo o que tem é realmente seu, e até que ponto o dinheiro pode comprar, pois a ausência do pai nesta hora urge e ele tenta reconstruir a figura materna. Para assim ter uma história, a sua história.
As personagens são tipos, e cada um que chega para negociar perde parte de si, pois até de suas falas, seus sotaques, gírias, expressões, Lourenço se apropria.
- A vida é dura!
Tal tipificação começa na ausência de nomes. “A Drogada”, “A Noiva”, “O Segurança” , “A Bunda”, são nomes que o leitor-expectador tem que atribuir aos personagens, uma vez que estes não têm, e quem tem nome, no caso a garçonete, é impronunciável.
Até sua empregada doméstica que trabalha há 8 anos, quando pronunciado seu nome, ela o corrige dizendo que seu nome não é este, e sim aquele.
“A Drogada” tem papel fundamental no desfecho da narrativa, e é quem na verdade, consegue de algum modo fazer o anti-herói olhar para si mesmo, e se encontrar.
Mas ele não queria, e se arrasta até o ralo, para tentar resgatar o que lhe foi tirado, o seu “eu”.

- “E então, ninguém entra, ninguém sai”.

O longa participou de vários Festivais, levando os prêmios de melhor direção, melhor ator – Selton Mello, menção honrosa a todo elenco pela crítica, e muito bem elogiado pela crítica americana.
De certa forma, Mutarelli personifica em seus personagens, retratos da sociedade contemporânea: o trágico movido à decepções, fracassos e insegurança de um mundo ficcional todo desprovido de concepções ético-morais.
Por diversos ângulos de percepção da trama, e da mesma forma que o protagonista acaba por habituar-se e algumas vezes gostar do cheiro do ralo, o leitor também se habitua com seus modos mesquinhos, manipuladores e egoísta, e acaba por sentir o cheiro do ralo, e não pode dizer que não gosta. E você, gosta?

É um auto-retrato com essência da raça humana em questão.
Ficha técnica – O Cheiro do Ralo

Brasil, 2006 – 95 min
Diretor: Helio Dhalia
Roteiristas: Marçal Aquino e Heitor Dhalia
Produção Executiva: Matias Mariani, Marcelo Doria, Rodrigo Teixeira
Produção: Heitor Dhalia, Joana Mariani, Marcelo Doria, Matia Mariani, Rodrigo Teixeira.
Em associação com : Lula Franco, Patrick Siaretta, Selton Mello
Empresas Produtoras: Geração Conteúdo, Primo Filmes, Branca Filmes, Telelmage, Sentimental Filmes e Mundo Cane Filmes
Fotografia: José Roberto Eliezer, a.b.c.
Música: Apollo Nove
Elenco: Selton Mello, Paula Braun, Lourenço Mutarelli, Fabiana Gugli, Mario Schoemberger, Martha Meola, Flávio Bauraqui, Suzana Alves, entre outros.

Bibliografia - Lourenço Mutarelli

A Arte de Produzir Efeito Sem Causa (Companhia das Letras)
O Cheiro do Ralo (Devir Editora)
O Natimorto (DBA)
Jesus Kid (Devir Editora)
Miguel e os Demônios (Companhia das Letras)
Nada me Faltará (Companhia das Letras)
Quadrinhos:
A Caixa de Areia ou Eu era Dois em Meu Quintal
Transubstanciação
Sequelas
A Confluência da Forquilha
Mundo Pet
O Dobro de Cinco
O Rei do Ponto
A Soma de Tudo I
A Soma de Tudo II
Desgraçados
Over-12
Impublicáveis
Resignação
Solúvel

Esta resenha ( TIL ) foi solicitado pelo meu curso de Letras 3º Semestre - Unip Alphaville.
Sob Orientação Profª Janaína Arruda.
E grande ajuda da Leca, Alessandra Paulo. Quanta paciência, Anjo, obrigado!!! ( cheio de vírgulas ) rs.
Novembro - 2010.
Alexandre Pedro

domingo, 12 de dezembro de 2010

Manuel Bandeira - Unidade


Minh’alma estava naquele instante
Fora de mim longe muito longe

Chegaste!
E desde logo foi Verão
O Verão com as suas palmas
os seus mormaços
os seus ventos de sôfrega mocidade
Debalde os teus afagos insinuavam quebranto e molície
O instinto de penetração já despertado
Era como uma seta de fogo

Foi então que minh’alma veio vindo
Veio vindo de muito longe
Veio vindo
Para de súbito entrar-me violenta e sacudir-me todo
No momento fugaz da
unidade.

" Neste poema Manuel Bandeira fala da relação da caneta, instrumento do poeta, com o próprio poeta. A caneta que reclama o vazio de estar só, e o poeta que chega abruptamente e afaga a caneta, e esta que sente o calor de suas mãos, e se sente como uma seta de fogo.
Até que a inspiração, vem vindo, vem vindo de muito longe e se funde aos dois ( poeta e personagem - caneta ), e explodem em orgasmos, o POEMA. Fundidos num só SER..."
Alexandre Pedro

sábado, 11 de dezembro de 2010

Se descobrir. Ou, abrir as cortinas.


Final de ano chegando, quantos livros lí em 2010, e quantos vou ler em 2011. E quantos tirarei proveito e quantos me farão dormir, e dormir?
Sei que muitos me ensinarão, acho que de tudo se tira proveito, inclusive dos fracassos. Mas o que é o fracasso na Literatura?
A literatura só acrescenta, e minha proposta para 2011 são meus textos, até então não divulgados em Blogs.
Quero partilhar minhas palavras com meus amigos, há muito anseio por isso, mas devido aos registros destes, não foi possível ainda a divulgação.
Mas aguardem, tenho algo à mostrar!!! Algo que me toma, me dá força, e explode em palavras....e palavras são armas que uso ao entrar no campo desconhecido do ficcional; e o que é a ficção, se não real?
Participei em um Concurso de Escrita, e fui contemplado em três poemas, os quais postarei em breve por aqui, só estou aguardando os meios legais de fazer.
Se for um fracasso, acredito não ser, mas estamos à ser conjugados, esporre, grite, mas de alguma forma se expresse. Você e eu precisamos disso.
Sou um cara que nunca escreveu nada até três meses atrás. E não consigo parar, escrevo compulsivamente,e é hoje minha maior diversão.
E escrevendo me encontro, e tenho coragem de dar minha cara à tapa. E é isso que estou fazendo. BATA, MAS ME LEIA !!!
Muito prazer,
Alexandre Pedro