Seja bem vindo!!!
-Entre,
-Tire os sapatos,
-Sente-se e fique à vontade.
-vou pôr uma música.
-Aceita um café?
- Gosta de livros?
- escolha um e vá folheando,
-volto já, com o café.
Alexandre Pedro
e-mail: alexandre.eells@gmail.com

Pesquisar no Cárcere do Ser

domingo, 31 de julho de 2011

Passos


Passo depressa pelas ruas desta cidade.

Às pressas passo, passo a passo, passo.

Ao meu lado os passos apressados

Atropelam-se e me atropelam.

Aonde vamos?

Nesta cidade tem espaço para cada passo,

Espaço aos fracos e aos fortes.

Aos ricos e aos pobres,

Aos decentes e aos devassos.

E seguimos no compasso dos passos apressados...

Alexandre Pedro

SP-09.2010

terça-feira, 19 de julho de 2011


Eu,

Diluir a tinta no corpo frio,

pálido,

virgem

e transformá-lo em poesia.

Esta poesia que não se pode amassar e jogar fora.

Esta folha de papel que será diluída pelos vermes

quando meu corpo não mais aprisionar o eu lírico.


Alexandre Pedro


sábado, 16 de julho de 2011


Astros

Era um amor impossível.

Aos desencontros.

Os astros não permitiam.

Entre eles havia Ela e seus anéis,

Sensual, encantadora.

O azul atraía o amarelo que traía a prata que atraía o amarelo.

Era um trair, atrair, que retraíam-se atrás do escuro universo.

A solidão era tamanha.

Então, do Céu caíra uma estrela,

Rasgando em sua face enorme cicatriz.

E a Lua, atordoada,

sorrira ao ver seu Amado ardendo nos braços da Outra.

E então, não veio a noite...

...e a Lua chorou ao ver a chama do amor inflamando a Terra.


Alexandre Pedro


Imagem: "Namoro com a Lua" de Ismael Nery

segunda-feira, 11 de julho de 2011



Inspiração II
...*Esta publicação foi removida devido ao texto estar sendo integrado ao livro de estreia do autor, intitulado Flores do Ócio, e que será lançado em breve pela Giostri Editora. Mais informações: alexandre.eells@gmail.com
Agradeço muito a visita e o carinho dedicado.
Alexandre Pedro
Literalmente, a conversa muda!

Alexandre Pedro
07/07/2011

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Transeunte


Transeunte

Para G.M


Vou, na sensação de deixar parte de mim,

Mas, se essa parte que em mim, sente, é a parte que deixei,

Como posso ter tal sensação, na parte que de mim partiu?

Diria Drummond: “A ausência é um estar em mim”.

E, dou me pela falta da ausência, que já não mais está em mim.

Eu não mais estou em mim.

Estou aqui, contigo!

Sou as palavras que nesse momento te prende.

Sou esse arrepio que sentiu.

Este olhar para os lados.

Estas palavras que, tão desgastadas pelo tempo, teimam ficar para contar minha perda.

E quem sabe te dar a resposta, se vivi a falta ou a própria ausência.

Eis a dúvida que minha presente vida, não respondeu.


Alexandre Pedro