rasgar o verbo rasgado ...*Esta publicação foi removida devido ao texto estar sendo integrado ao livro de estreia do autor, intitulado Flores do Ócio, e que será lançado em breve pela Giostri Editora. Mais informações: alexandre.eells@gmail.com Agradeço muito a visita e o carinho dedicado. Alexandre Pedro
Sarau que aconteceu na Universidade Paulista - Unip - Vergueiro, 2011.
Evento muito bem organizado pelos coordenadores, professores e alunos do curso de Letras do Campus Vergueiro - São Paulo. Uma forma de valorizar o conhecimento, a criação, o companheirismo, e a valorização do que estudamos. Do muito que lemos, do muito que nos é apresentado. E então, tivemos a chance de devolver aos nossos mestres, amigos, e a nos mesmos através da alegria com nossas poesias, nossas músicas, nossas vontades, nossos sonhos. Fazendo-nos(alunos-professores)acreditar que, o que estamos desenvolvendo juntos não está sendo em vão. Somos uma geração sonhadora, temos ideais, temos fome do novo, deglutimos o velho, "ruminanos" o que nos é importante, e exalamos poesia...poesia da música, da imagem, da palavra, do conhecimento, da coragem... Quero, com esta postagem, agradecer aos organizadores, em particular a aluna de Letras - Alessandra S. Cantero pelo companheirismo, pela dedicação e, pela recepção ao nosso grupo que estava representando o Campus de Alphaville. O Sarau intitulado Fantasmagórico Universo foi um sucesso!!! Algumas apresentações foram gravadas, e estão disponiveis no link abaixo. Estou ansioso pelos próximos eventos desta galerinha tão entusiasmada e, tão capacitada. Nossos novos escritores, poetas, artistas... Abraços, e mais uma vez, agradecido pelo convite à participação! Alexandre Pedro
Das palavras a que mais gosto é a palavra. A palavra dentro e fora do dicionário, A palavra isolada em seu vocabulário, A palavra em seu radical e léxico, A palavra Divina, A palavra mal dita, A palavra vulgar e obscena.
São só palavras. Palavras e palavras.
Palavras de carinho, Palavras de ódio, Palavras gritadas em vitória.
São só palavras. Palavras e palavras.
Há palavras sem palavras e sem palavras não há palavras, Mas há de haver uma palavra que silencie as demais palavras e faça valer o silêncio de uma só palavra. A verdadeira palavra PALAVRA.
A palavra instrumento do poeta, Que pensa dominá-la. Palavras que em mim habitam, E em minha boca se calam.
Se encontrardes a palavra que silencie as demais palavras, Entregue a mim, mas o faça em silêncio. E o protegerei de toda ira das palavras. Dou-te minha PALAVRA.
...Eu vou tirar você de letra......*Esta publicação foi removida devido ao texto estar sendo integrado ao livro de estreia do autor, intitulado Flores do Ócio, e que será lançado em breve pela Giostri Editora. Mais informações: alexandre.eells@gmail.com Agradeço muito a visita e o carinho dedicado. Alexandre Pedro
SP – 02/04/2011
Fotografia: Rodrigo Nogueira
***Este poema tem seus DIREITOS AUTORAIS registrados na Biblioteca Nacional. Reprodução somente possível com pré autorização do autor, Alexandre N. Pedro.
Suas roupas espalhadas pela casa. As chamas das velas prenuciavam a chama do corpo. Derretiam-se.
Seus corpos suavam lânguidos em palpitações. Suas peles ardiam de prazer, Suas carnes tremiam.
Seus músculos enrijecidos pelo gozo. Seu grito de dor fundia-se ao prazer. A dor lhe caía num torpor agradável.
Gemiam com sofreguidão um prazer dolorido. A dor estava no entreabrir das janelas, Nos poros, No trepidar dos olhos exaustos e pedintes. No cerrar dos pulsos que apertam os lençóis. Nas alianças de aço, Nas correntes de ar metálico, Nos lábios ainda molhados pela saliva do outro. No estirar dos dedos já não mais tensos. No sangue que escorre pela boca. No grito abafado pelo silêncio do quarto de hotel barato. Na máscara caída ao chão. A dor era o limite do Eu, - doeu! Não mais palpitações. Nos lábios um esboço de sorriso e satisfação. A dor era um limite já ultrapassado. Além.
Minha voz ecoa no silêncio mórbido da noite escura. Trevas amordaçam minha boca, Como num áspero sonho sórdido, Restos de seu sangue em minha roupa.
Corro por desconhecidas ruas, Olhares me espreitam, me fuzilam. A procura de saída, me trancam. Roupas rasgadas, semi-nua.
Presa em vestes límpidas e embebedadas em silêncio Meu alívio são morfinas.
Em bosques silenciosos como se chegasse ao céu encontro-me num torpor em fel. Regrada pelo tempo e balas, azuis, verdes, brancas, nenhuma de mel.
Animais em jaulas, cabelos raspados, veias feridas, contrastam com a pureza prometida.
Em náuseas... Uma mãe que não é mãe, uma filha... Um vermelho que não escorre, Um meu pertencer que não me sai. Uma vida a gerar em mim. Uma semente carregada por um pássaro do mal, não plantada e sim, uma sentença fecundada. Fruto de uma maldade que se eterniza em minha mente, e, em meu corpo.
Náuseas explodem abruptamente em águas. Uma dor. Uma flor que nasce, Uma estrela que brilha, Uma nuvem que destapa o sol, Uma vida. Um choro, Um sorriso, Um afago, Uma direção... ...uma memória cicatrizada, e para sempre lembrada no sorriso de uma criança.
A natureza fala comigo. Invade-me pelos poros do corpo Largado, solto na madeira rústica que emana cheiros de pinho. Exausto. O sol que me arde, frio Percorre-me a espinha Transborda-me e me deixa vazio, Rijo, intenso. Em convulsão, Depois fraco, sonolento, completo e, cheio de vitalidade.