Seja bem vindo!!!
-Entre,
-Tire os sapatos,
-Sente-se e fique à vontade.
-vou pôr uma música.
-Aceita um café?
- Gosta de livros?
- escolha um e vá folheando,
-volto já, com o café.
Alexandre Pedro
e-mail: alexandre.eells@gmail.com

Pesquisar no Cárcere do Ser

domingo, 3 de outubro de 2010

Álvares de Azevedo - Meu sonho


Aparelho anti-masturbação masculina, Inglaterra, 1871-1930, Science Museum/Science & Society Picture Library

o poema abaixo " Meu sonho " de Álvares de Azevedo fala por entre linhas sobre masturbação masculina, preste atenção no ritmo que o poema te induz a ler, que é o movimento de "cavalgada".
A espada sanguenta na mão....( o orgão genital masculino )

"Onde vais pelas trevas impuras,
Cavaleiro das armas escuras,
Macilento qual morto na tumba?."
Este parágrafo é o ato consumado, o orgão desfalecido que cai pro lado, morto.

O autor termina o poema expondo todo sentimento de culpa e pecado, algo que sempre temos depois de ter chegado ao orgasmo.

O Fantasma
Sou o sonho da tua esperança,
Tua febre que nunca descansa,
O delírio que te há de matar!

Espero que gostem, e adoraria poder discutir mais sobre o poema, aceitam?



Meu Sonho

Eu
Cavaleiro das armas escuras,
Onde vais pelas trevas impuras
Com a espada sangüenta na mão?
Por que brilham teus olhos ardentes
E gemidos nos lábios frementes
Vertem fogo do teu coração?

Cavaleiro, quem és? o remorso?
Do corcel te debruças no dorso.
E galopas do vale através.
Oh! da estrada acordando as poeiras
Não escutas gritar as caveiras
E morder-te o fantasma nos pés?

Onde vais pelas trevas impuras,
Cavaleiro das armas escuras,
Macilento qual morto na tumba?.
Tu escutas. Na longa montanha
Um tropel teu galope acompanha?
E um clamor de vingança retumba?

Cavaleiro, quem és? - que mistério,
Quem te força da morte no império
Pela noite assombrada a vagar?

O Fantasma
Sou o sonho da tua esperança,
Tua febre que nunca descansa,
O delírio que te há de matar!.

Álvares de Azevedo

Nenhum comentário:

Postar um comentário