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Alexandre Pedro
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sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Hão de chorar os cinamomos - Alphonsus de Guimarãens


Hão de chorar por ela os cinamomos,
Murchando as flores ao tombar do dia.
Dos laranjais hão de cair os pomos,
Lembrando-se daquela que os colhia.

As estrelas dirão — "Ai! nada somos,
Pois ela se morreu silente e fria.. . "
E pondo os olhos nela como pomos,
Hão de chorar a irmã que lhes sorria.

A lua, que lhe foi mãe carinhosa,
Que a viu nascer e amar, há de envolvê-la
Entre lírios e pétalas de rosa.

Os meus sonhos de amor serão defuntos...
E os arcanjos dirão no azul ao vê-la,
Pensando em mim: — "Por que não vieram juntos?"

Alphonsus de Guimarãens, poeta simbolista, nascido em Minas Gerais em 1870, seus poemas privilegiam temas como o amor, morte, e a religião.
Aos 18 anos, perde sua noiva, Constança. Seus poemas, ou grande parte deles são dedicados à ela e a esse amor interrompido.

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