
Vi ontem um bicho
Na imundície do pátio
Catando comida entre os detritos.
Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.
O bicho não era um cão,
Não era um gato,
Não era um rato.
O bicho, meu Deus, era um homem.
No poema o poeta vê um homem revirando o lixo em busca de comida. O poeta compara o homem ao animal, que "devora" o lixo-alimento com voracidade, diferente do modos do homem-humano se alimentar, Degustar. E ao final do poema, ele mostra a degradação do homem, em direção à animização.
Não era um cão - era menos que um cão.
Não era um gato - era menos ainda que um gato.
Não era um rato - era ainda menos, menos ainda que um rato.
E se volta a Deus...desacreditado e inconformado.
"O bicho, meu Deus, era um homem".
PS. Impossível não me sentir na obrigação de pedir-lhes desculpa pelo confronto entre um poema lindo do Bandeira, e esta imagem forte de uma realidade que melhor seria não existir. Mas ela existe e não podemos fingir um mar de rosas, quando ele não existe.
Alexandre Pedro
oi Bípide, obrigado pela visita. Tô em semana de provas na faculdade, prometo te agradecer com uma visita também, assim que sair do sufoco..rs...bjs.
ResponderExcluirAleeee...
ResponderExcluirManuel Bandeira...e a foto escolhida...combinam perfeitamente...
A cada novo dia que atravesso...eu vejo que o bicho escroto é o Homem...e por essa frase eu te peço desculpa...
O Homem escroto é aquele que polui...que devasta...ele não se contenta em devastar as matas...os animas...os rios...os mares...
Ele devasta principalmente a sua natureza humana...seu respeito com os outros homens...
Pensando melhor...
eu não peço desculpa não...
falo o mesmo que você...
"...não podemos fingir um mar de rosas, quando ele não existe."
Beijos
Leca
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