
Astros
Era um amor impossível.
Aos desencontros.
Os astros não permitiam.
Entre eles havia Ela e seus anéis,
Sensual, encantadora.
O azul atraía o amarelo que traía a prata que atraía o amarelo.
Era um trair, atrair, que retraíam-se atrás do escuro universo.
A solidão era tamanha.
Então, do Céu caíra uma estrela,
Rasgando em sua face enorme cicatriz.
E a Lua, atordoada,
sorrira ao ver seu Amado ardendo nos braços da Outra.
E então, não veio a noite...
...e a Lua chorou ao ver a chama do amor inflamando a Terra.
Alexandre Pedro
Imagem: "Namoro com a Lua" de Ismael Nery
Suas palavras provocaram lágrimas... uma dor profunda e viceral! Uma sentença de dor profunda imperecível, mas, ainda assim, belo de ler e reler sempre! Lindo! Obrigado...
ResponderExcluirÉverton, obrigado!
ResponderExcluirVou lá no seu blog já já...abraço!
Estou como a lua, atordoada ao ler esse poema lindo... Belas palavras!
ResponderExcluirBjs.
Não sei quem autorizou o poeta ler a alma alheia e publicar. Será que está só compartilhando?
ResponderExcluirSimplesmente eu. Mas não traí...rsrsr
Abraço
Michelle, Aclim...
ResponderExcluirVocês são encantadores....muito bom ter vocês aqui comigo.
Valeu!
abraço
a lua, povoando a cabeça dos amantes de noite!
ResponderExcluirJana, além da Musa Lua...também tem vc, Musa, por aqui...adorei! bjs
ResponderExcluirE quem disse que, no fim das contas, não há satisfação, ainda que relutante, em ver o que se perdeu ser encontrado por outro alguém? Assim, como a Lua ficou atordoada, tenho certeza de que lhe bateu alguma satisfação ao ver o que não era mais seu nos braços de outrem. Talvez por notar que ela não era mais capaz de satisfazê-lo, que havia chegado ao seu limite, e perdido tudo. Sinto uma pena estranha da Lua do teu poema...
ResponderExcluirUm dos poemas mais profundos que já li de vc Alexandre.