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Alexandre Pedro
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Pesquisar no Cárcere do Ser

sábado, 16 de julho de 2011


Astros

Era um amor impossível.

Aos desencontros.

Os astros não permitiam.

Entre eles havia Ela e seus anéis,

Sensual, encantadora.

O azul atraía o amarelo que traía a prata que atraía o amarelo.

Era um trair, atrair, que retraíam-se atrás do escuro universo.

A solidão era tamanha.

Então, do Céu caíra uma estrela,

Rasgando em sua face enorme cicatriz.

E a Lua, atordoada,

sorrira ao ver seu Amado ardendo nos braços da Outra.

E então, não veio a noite...

...e a Lua chorou ao ver a chama do amor inflamando a Terra.


Alexandre Pedro


Imagem: "Namoro com a Lua" de Ismael Nery

8 comentários:

  1. Suas palavras provocaram lágrimas... uma dor profunda e viceral! Uma sentença de dor profunda imperecível, mas, ainda assim, belo de ler e reler sempre! Lindo! Obrigado...

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  2. Éverton, obrigado!
    Vou lá no seu blog já já...abraço!

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  3. Estou como a lua, atordoada ao ler esse poema lindo... Belas palavras!
    Bjs.

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  4. Não sei quem autorizou o poeta ler a alma alheia e publicar. Será que está só compartilhando?

    Simplesmente eu. Mas não traí...rsrsr

    Abraço

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  5. Michelle, Aclim...
    Vocês são encantadores....muito bom ter vocês aqui comigo.
    Valeu!
    abraço

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  6. a lua, povoando a cabeça dos amantes de noite!

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  7. Jana, além da Musa Lua...também tem vc, Musa, por aqui...adorei! bjs

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  8. E quem disse que, no fim das contas, não há satisfação, ainda que relutante, em ver o que se perdeu ser encontrado por outro alguém? Assim, como a Lua ficou atordoada, tenho certeza de que lhe bateu alguma satisfação ao ver o que não era mais seu nos braços de outrem. Talvez por notar que ela não era mais capaz de satisfazê-lo, que havia chegado ao seu limite, e perdido tudo. Sinto uma pena estranha da Lua do teu poema...

    Um dos poemas mais profundos que já li de vc Alexandre.

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