No limiar das consequências vinham as dores num assombro quando a noite vinha.
Se refugiava em bebedeiras. Vinhos sortidos se misturavam quando Maria não vinha.
Surtiam efeitos no dia que se seguia, e seguia, e seguia.
Seguia?
Seguia cego, a garganta seca de saudade e ciúme. Aonde assombrava a Maria?
Assombrado saía às ruas; luzes dos postes acesas, lua cheia, rua vazia, vazio andava. Apenas meninas de saias curtas e batons vermelhos.
De esquina em esquina, um cigarro. De poste em poste, rosnava.
A secura da garganta já havia tomado o estômago.
Fome não sentia.
Sede nao percebia.
Amor? Ah, Maria!
Do portão de sua casa, chamava , gritava, chorava. Sabia que estava em casa. Luzes de velas sobre as mesas. Estaria acompanhada? Recebiam-no cheiros de flores.
Do portão de sua casa, chamava , gritava, chorava. Sabia que estava em casa. Luzes de velas sobre as mesas. Estaria acompanhada? Recebiam-no cheiros de flores.
Flores?
Mas quem havia, ali, as deixado?
O ciúmes o tomava o fôlego. Aquele cheiro lhe embrulhava o estômago, era cravo.
Do portão ele avistava uma cruz. Os braços abertos o chamavam para dentro. No ante braço esquerdo jurava amor eterno. E como homem fiel pulara aquela cerca. A cerca para o outro lado. E nunca mais sentimos nada. Nem ele, nem ela, nem eu.
Alexandre Pedro
28/09/2011
AMEI... me fez chorar! Bjus!
ResponderExcluirObrigado, moço! Chora não, filhão!
ResponderExcluir