Poema à Virginia:
*Esta publicação foi removida devido ao texto estar sendo integrado ao livro de estreia do autor, intitulado Flores do Ócio, e que será lançado em breve pela Giostri Editora. Mais informações: alexandre.eells@gmail.com
Agradeço muito a visita e o carinho dedicado.
Agradeço muito a visita e o carinho dedicado.
Alexandre Pedro
Virginia Woolf escreveu uma carta ao marido, e suicidou: Trajando um sobretudo foi coletando pedras e colocando-as nos bolsos e se entregou ao rio Ouse.
Carta de despedida de Virginia Woolf a seu marido Leonard Woolf
"Meu Muito Querido:
Tenho a certeza de que estou novamente a enlouquecer: sinto que não posso suportar outro desses terríveis períodos. E desta vez não me restabelecerei. Estou a começar a ouvir vozes e não me consigo concentrar. Por isso vou fazer o que me parece ser o melhor.
Deste-me a maior felicidade possível. Foste em todos os sentidos tudo o que qualquer pessoa podia ser. Não creio que duas pessoas pudessem ter sido mais felizes até surgir esta terrível doença. Não consigo lutar mais contra ela, sei que estou a destruir a tua vida, que sem mim poderias trabalhar. E trabalharás, eu sei. Como vês, nem isto consigo escrever como deve ser. Não consigo ler.
O que quero dizer é que te devo toda a felicidade da minha vida. Foste inteiramente paciente comigo e incrivelmente bom.
Quero dizer isso — toda a gente o sabe. Se alguém me pudesse ter salvo, esse alguém terias sido tu. Perdi tudo menos a certeza da tua bondade. Não posso continuar a estragar a tua vida.
Não creio que duas pessoas pudessem ter sido mais felizes do que nós fomos."
Virginia Woolf
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Virginia Woolf (Inglaterra, 25/1/1882 - 28/3/1941)
Imagem: Nicole Kidman interpretando Virginia em cena de The Hours.
As horas que passam, que pesam,
ResponderExcluiras pedras que salvam, que peçam,
as peças que saibam, que teçam...
Virgínia sabia das horas e as horas a consumiam, dentro da sua loucura nós fomos perdoados e dentro desse perdão a vida a sufocou de modo que cada prosear até nós chegou escorrendo feito água que mata a sede, mata o desejo, mata o ensejo, corre por entre matas e mata-nos.
Abraços, amigo desvirgin(i)ado por lobos woolfs!
Nome
ResponderExcluirPronuncia vazia
Superando os séculos
Letra por letra
Pedra por pedra
Luz no fim do túnel
Onde o esquecimento?
Nome e sobrenome
Em sílabas separadas
grávidas apesar de tudo
A espera é demorada
Na muralha do infinito
Dúvida ejaculada e prematura
Ectoplasma
No lugar da memória perdida...