Um raio riscou o céu e apagou em mim; uma árvore.
Ardendo em fogo, morri. Tive meus galhos secados, minhas raízes foram fraquejando, e morri de verdade.
Mas eu ainda estava viva. Via de dentro de mim a vida vazando do lado de fora. Ervas daninhas tomaram posse do meu corpo enegrecido, e eu a pensar no ciclo da vida. Na vida que me havia sugado.
Só o tempo teve piedade de mim, e um dia começou me a brotar escamas que reluziam à luz do sol. E a vida ressurgiu; sem deus, sem pecado, sem nada; só vida. A vida no inanimado das coisas.
Alexandre Pedro
Que delicia de doce te ler. Muito bom, apreciei os neologismos e metáforas.
ResponderExcluirSeguindo-te!
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