Eu sou um semideus.
Carrego comigo a nostalgia de um incesto.
Ao modelar meu corpo me foi apresentado à pederastia, e tive as mãos grossas de meu pai a me vazar as cavidades do corpo. Meu pai me teve antes de o mundo ter; cheguei nu, e desvirginado. Assim, como todas as manhãs.
Sou uma carcaça semelhante a deus. E tenho o prazer nas pontas dos dedos, e é com eles que eu cerro os punhos e rezo baixinho. Conheço o prazer, e isso devo ao meu pai, que deslizou seus dedos pelo meu corpo, ainda em barro, úmido, e concedeu-me o primeiro beijo. Beijo selado pelo nosso desejo de ser um deus.
Alexandre Pedro
Ai ai ai que coisa mais bem elaborada....
ResponderExcluirum deus com a-deus!
Mas como não sou critica e sim admiradora das escritas, vou saudá-lo sem me estender muito... rs
bjsMeus
CAtita