Seja bem vindo!!!
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-Sente-se e fique à vontade.
-vou pôr uma música.
-Aceita um café?
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- escolha um e vá folheando,
-volto já, com o café.
Alexandre Pedro
e-mail: alexandre.eells@gmail.com

Pesquisar no Cárcere do Ser

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Transitivo


Me vejo refletido na areia,
Sou sol.
Vem a chuva,
Sou assombro.
Na areia jaz minha imagem,
Sou onda.
Em águas rasas,
desesperado me encontro
às margens.
A onda se foi pra imensidão
deixando apenas grãos de areia.
Levando consigo tudo e nada,
deixando partículas de alguém
que em vida
fui.

Alexandre Pedro

***Este poema tem seus DIREITOS AUTORAIS registrados na Biblioteca Nacional. Reprodução somente possível com pré autorização do autor, Alexandre N. Pedro.
http://www.bn.br/portal/index.jsp?plugin=FbnBuscaEDA&radio=CpfCnpj&codPer=15918944842

12 comentários:

  1. Sempre se superando como poeta. Cada poema, uma nova surpresa. Deste gostei em especial do ritmo, o modo como cada verso ia sendo quebrado, reproduzindo muito bem o fluxo da vida, o sentindo do efêmero, da fugacidade. Adoro ler você. Parabéns!!!!

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  2. Oba, Luigi...nem havia escolhido,definitivamente, a foto, e vc já estava comentando...hehe...vc é ótimo! Obrigado!!!

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  3. OI,muito interessante seu blog, to passando aki pq vi vc é seguidora do blog do meu amigo, Mailson, e por isso quero convidar vc para dá uma olhada no meu blog http://otaviomsilva.blogspot.com/
    desde Já agradeço, Forte abraço

    PS; Sigo de volta

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  4. Olá, Otávio!
    Obrigado pela participação e visita. Fique à vontade!
    Vou ver seu Blog sim, valeu pelo contato.
    Abraço

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  5. Alexandre,

    embora tenhamos trânsito como alma, há sempre um corpo como limite, um sinal vermelho que não apaga, uma rua que não vai, só fica no meio sem ser ao certo.

    Poetar é doer de tudo isso; pegar a contramão do dia, acenar para abismos.

    Lindo texto; em som, em imagem, em possibilidades infinitas de nos levar.

    Voltarei.

    Abraço.
    Ricardo Fabião

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  6. Olá, Ricardo! Muita satisfação em tê-lo por aqui. Seu comentário me deixou encabulado, porém orgulhoso. Acho que gostaria de ser interpretado exatamente dessa forma. Você desenhou meu texto, ilustrou, e como que, me apresentou ao meu próprio texto.
    Espero ter você por aqui mais vezes.
    Forte abraço!

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  7. Jacque,
    ...mais uma vez, obrigado!
    valeu a força,
    bjao

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  8. ...Aleee...
    somos todos transitivos...né...?
    passamos...
    onda vai e onda vem...
    e somos levados...
    e nos deixamos levar...

    Beijos
    Leca

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  9. Leca, meu Anjo, obrigado!
    Somos isso...
    Somos assim...
    ..o verdadeiro sons das ondas...e só!
    bjao!

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  10. eis que sou nada
    e o universo inteiro
    e tudo isso cabe em mim

    aquele que fala e escuta
    escuta ...
    as ondas que bate na praia

    praias de minha vida
    e o cais e as ondas
    num eterno enamorar-se

    Até Alan

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  11. Alan, seus comentários completam meus poemas..acho isso maravilhoso!!!
    Suas palavras me lembram Drummond, que é meu maior poeta.
    Abraço

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